Bem, a expressão pós-modernidade, no título, nos remete a um conceito de época, de
tempo, o tempo de hoje, onde valores, conceitos e medidas ou parâmetros de
todos os gêneros, historicamente constituídos e aceitos ficam revogados em nome
de uma fluidez conceitual difícil de mensurar ou mesmo conceituar, quão profusa
em variedades e '‘cores’'.
Logo, a marcenaria,
bem como outros ofícios e/ou hobby, que tinha uma função essencial
em nossa sociedade, inclusive, a mais recente, considerada como hobby, ia um
pouco além do mero prazer em fazer,
mas, até, mesmo tinha algum valor comercial, o que, decididamente, não existe
hoje, e nem mesmo como hobby puro e simples.
Lamentavelmente até o item prazer e/ou curtição
parecem não fazer a cabeça de tanta gente assim, em virtude da parafernália
eletrônica que chegou de vez aos corações e mentes das pessoas, e, pelo visto,
tem bastado como fonte de entretenimento e prazer.
Dizem que cultura
é, na verdade, um hábito, ou seja, que se adquire e se forma pela repetição.
Parece grosseiro ou primário, não é verdade? Mas, pelo visto, é isto mesmo.
Em função disso, como os adultos, pais e ou
referências outras, não fazem nada mais do que se entreterem com estes brinquedos eletroeletrônicos, é isso
que seus filhos, que as crianças irão reproduzir ao longo de suas vidas e,
provavelmente, passarão para seus próprios filhos.
Tem pais, hoje, que contam, até com certo orgulho,
como o filho não larga o tal do celular. Tem um técnico de TV a cabo que veio
dar uma assistência técnica aqui em casa, que me contou, eu diria com algum
orgulho, que o seu filho de 5 anos chega da escola, almoça e imediatamente
depois pega o celular, e fica o tempo todo “passando o dedo” no dito cujo.
Quando lhe perguntei o que ele fazia todo este tempo, disse-me que alguns
jogos, mas o que ele mais faz é ficar vendo “filminhos” no YouTube. Cinco anos!
Se a onda é esta… Vamos tentar reverter um pouco a
coisa, nos conscientizando que brincar é
uma atividade altamente educativa, é onde se adquire alguns valores e
procedimentos que podem ser úteis ou importantes para nossos filhos, agora e no
futuro.
Tem valores que não caducam com o tempo, com a
modernidade, ou com a pós-modernidade, e que só depende de nós, do pai, dos
pais cultivarem, ensinarem e darem oportunidades para que os filhos entrem em
contato com eles, que conheçam.
No nosso caso, o hobby da marcenaria e do fazer
você mesmo, para colocar isso em prática a ideia é engajar o seu filho o
mais cedo possível, facilitando que ele não só assista você fazendo, mas que
ele faça algo sob sua orientação.
Ele pode fazer um carrinho, um barco, uma caixa,
etc. Deixe-o fazer sozinho sob sua orientação e supervisão e, para isso você
deve adquirir ferramentas menores exclusivas para ele, leve-o junto, para que
participe da escolha e compra e vá entrando no clima.
Se ele já tem o hábito de se entreter com “as
modernidades”, não tem problemas, tente estabelecer uma limitação, um horário,
de maneira que em seu tempo livre ele possa participar com você das novas
atividades. Uma ideia adicional é pedir a sua ajuda em alguma coisa que esteja
fazendo.
Delegando funções adicionais, como lixar, por
exemplo, ou mesmo envernizar ou pintar. Quando eventuais falhas ou “mal feitos”
podem muito bem se relevados e considerados como “investimento”, pois, neste
caso, sobretudo, ao contrário da crítica o elogio é um grande fator de
estímulo.
Você pode, também, fazer alguma peça que possa ser
de uso exclusivo dele, ou para ele, e engajá-lo o máximo possível no processo
de sua elaboração ou construção.
Deve levá-lo sempre às compras de material, seja
em uma madeireira, casa de ferramentas ou de tintas e
revestimentos, o que, gradualmente, vai se incorporando e fazendo parte do seu
universo mental. Educativo, cultural, no sentido que lhe atribuímos acima.
Enfim, se você gosta, com certeza vai descobrir
“n” formas de engajar o seu filhote neste ‘métier’, neste fazer, neste hobby maravilhoso.
A ideia serve para todo e qualquer aprendizado,
pratica e/ou hobby, tanto para os meninos como para as meninas.
As meninas, também, têm um universo muito rico a
explorar – e a aprender – com suas mães, em procedimentos que só vão agregar valor
ao seu cotidiano, em todas às suas fases de desenvolvimento, à sua vida.
É só usar a criatividade
engajá-los no processo.
Com certeza eles vão gostar muito!
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