O artigo não é lá muito novo desde sua
primeira edição, mas, o que ele indica, dá dica, é muito atual e oportuno, haja
vista que trata de alguns temas que tem tudo a ver com os nossos ritmos, ou
melhor, com a organização e trato em nosso cotidiano.
Como viu no título, são dicas da
neurociência que visam otimizar o nosso tempo, nosso trabalho e funções, também,
ameaçadas, entre aspas, por um novo “cacoete” que virou ícone pós-moderno,
ou seja, aquele de ficar passando o dedo no tal dos smarts/celulares,
até dormindo, como se diz, já que não existe hora, lugar ou atividade onde ele não
esteja lá...Presente!
Se à época de publicação do artigo o problema
já era visível e objeto de estudos e análises avaliações científicas, hoje
então...
“4 dicas da neurociência para melhorar a sua concentração
Do excesso de informações ao design dos
escritórios, a rotina profissional está cheia de obstáculos para a concentração.
É injusto culpar apenas a tecnologia,
o bode expiatório mais comum para justificar a distração. Usados com bom senso,
recursos como apps e softwares podem ser grandes aliados para a produtividade.
O problema está no mau uso desses dispositivos, de
acordo com Carla Tieppo, professora adjunta da Faculdade de Ciências Médicas da
Santa Casa de São Paulo.
A neurocientista afirma que as pessoas
desenvolveram uma relação de dependência com a tecnologia. "É prazeroso
checar as redes sociais ou trocar mensagens pessoais pelo smartphone", diz
ela. "Para muita gente, esse hábito se tornou irresistível, como um
vício".
As distrações, no entanto, causam um enorme
prejuízo de tempo e energia. A cada interrupção, demoramos cerca de 23 minutos
para voltar à nossa tarefa original, segundo uma especialista ouvida pelo Wall
Street Journal.
Como então manter o foco? Não há solução mágica.
Segundo Carla, as distrações só são vencidas pelo esforço e pela
autodisciplina. “É preciso se policiar diariamente”, afirma ela.
Mesmo assim, a neurociência
traz algumas orientações fáceis de implementar que podem ajudar os mais
dispersos. Confira a seguir:
- Divida sua jornada de trabalho em fatias
Segundo Carla, o cérebro humano consegue se fixar
num único objeto durante 50 ou 60 minutos. Depois desse período, a atenção inevitavelmente
se esvai.
A dica é trabalhar ininterruptamente durante esse
bloco temporal, e então fazer um intervalo de cinco a 10 minutos para checar
mensagens do celular, acessar redes sociais ou levantar para tomar um café.
“A pausa ajuda a descansar as áreas ativas no
cérebro até então”, explica a professora. Após esse breve período de
relaxamento, você estará pronto para outra sessão de trabalho.
- Mantenha-se bem alimentado durante todo o dia
Trabalhar em jejum não é uma boa ideia para quem
busca concentração. Isso porque o sistema atencional requer uma grande
quantidade de energia, segundo a neurocientista.
Durante a jornada de trabalho, é aconselhável ter
sempre algo no estômago: tanto para que haja força suficiente no organismo para
manter o foco, quanto para que o cérebro não se distraia com a fome.
Não é necessário ingerir grandes quantidades de
alimento. Segundo Carla, basta uma barrinha de cereais ou um suco entre as
principais refeições do dia.
- Ouça música (que você já conheça)
Fones de ouvido podem ser um recurso excelente
para manter o foco. Além de reduzir o ruído ambiente, ouvir música pode trazer
bem-estar. “Não é bom escolher um repertório ‘deprê’, o ideal é que ele seja
leve e prazeroso”, diz Carla.
É importante que você não se envolva demais com a
trilha sonora, apenas relaxe com ela. Por isso, a neurocientista recomenda
escolher um repertório que você já conhece. Uma música nova exige mais atenção
do cérebro, até para ele decidir se gosta dela ou não, por exemplo.
Uma sugestão é montar playlists com duração de 50
a 60 minutos, já que esse é o tempo máximo em que conseguimos prestar atenção
ininterrupta. “Quando a música acabar, você já saberá que é hora de fazer a
pausa”, diz ela.
- Elimine a bagunça e o desconforto
De acordo com Carla, mesas de trabalho caóticas
são “horríveis para o cérebro”. Isso porque o sistema nervoso tende a se
espelhar no ambiente externo. “Se não há lógica do lado de fora, fica difícil
se organizar internamente”, afirma.
É verdade que o caos pode ser um grande aliado na
busca por criatividade e inovação. Mas, se o seu objetivo é terminar uma
tarefa, é melhor manter a sua escrivaninha limpa e organizada.
A falta de cuidado com a ergonomia também pode
gerar distrações. “A sua postura de trabalho deve ser correta e confortável,
para que o seu cérebro não se concentre mais no cansaço do corpo do que no
trabalho”, recomenda a professora.
Em Exame
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